Cavalheiro Errante - Felipe Barros
Faz um tempo que eu
Não consigo lembrar,
do tempo que faz
Das manhas, dos jornais
Das cantigas banais
De um tempo que foi
O bastante, pra seguir em frente
E o mal que a gente sente
Só por ver chorar
Sempre belo, o mundo meu castelo
De pedra areia ou verso
Que não quer calar
Faz um vento e eu não quero levantar
Pro tempo que jaz
Pras manhãs , pros jornais
Pros recados finais
Que o dia chegou
Sempre em frente , que lá trás já vem
Gente que não tem
Nada pra pensar
Um gigante, um cavaleiro errante
Fuja ao tempo e cante, antes de deitar
Longe, perto de onde ninguém está
Onde ninguém esta
Sempre em frente
Que lá atrás já vem gente que não tem
Nada pra pensar
Sempre belo
O mundo meu castelo
De pedra areia ou verso
Que não quer calar
É difícil ser
Quem eu não sou, nem nunca fui
E nem serei