O coração da
gente gosta de atenção. De cuidados cotidianos. De mimos repentinos. De ser
alimentado com iguarias finas, como a beleza, o riso, o afeto. Gosta quando
espalhamos os seus brinquedos no chão e sentamos com ele para brincar. E há
momentos em que tudo o que ele precisa é que preparemos banhos de imersão na
quietude para lavarmos, uma a uma, as partes que lhe doem. É que o levemos para
revisitar, na memória, instantes ensolarados de amor capazes de ajudá-lo a
mudar a frequência do sentimento. Há momentos em que tudo o que precisa é que
reservemos algum tempo a sós com ele para desapertá-lo com toda delicadeza
possível. Coração precisa de espaço.