Fogo Vivo

Eu sou a curva fechada e a voz embargada
Sou o medo da derrota e o final da anedota

Eu sou o vento frio que te provoca arrepio

Sou a pancada que acerta na ferida aberta

Eu sou o relógio parado e um cigarro apagado
Eu sou um purgante no frasco de adoçante

Eu sou a vergonha de viver e a vontade de beber

Eu sou a água imunda onde o barco afunda

Sou a pergunta repetida e a verdade escondida

Eu sou a bula do remédio e um dia de tédio

Eu sou aquilo que não presta e tudo que te resta.

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